O relator da proposta
de modernização das leis trabalhistas, deputado federal Rogério Marinho
(PSDB-RN), quer garantir segurança jurídica ao sistema de teletrabalho na
legislação. A comissão especial que discute o tema debateu o assunto nesta
quarta-feira (15) com juízes e representantes do setor.
De acordo com a
Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades, o Brasil já tem 15 milhões
de trabalhadores nessa modalidade. “Precisamos trazer essas pessoas para dentro
da legislação para que tenham direitos, para que tenham proteção, para que
possam ter previdência, seguros. Não podemos varrer a questão para debaixo do
tapete”, disse Rogério Marinho.
O relator avaliou
ainda como vai tratar a questão em seu parecer. “Precisamos adequar à nossa
realidade, usando o bom senso e respeitando a legislação. O espírito da lei é a
negociação coletiva, mas há sugestões de adotar normatização em um capítulo que
abranja as novas formas de trabalho”, explicou. O parecer deve ser apresentado
até 4 de maio.
Ainda nesta
quarta-feira (15), Rogério Marinho debateu a modernização das leis do trabalho
com membros da União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços (Unecs),
quando recebeu novas propostas para o relatório. Depois, como presidente da
Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo, o
tucano comandou reunião para debater a reforma da previdência, quando esteve
presente o relator da matéria, deputado Arthur Maia (PPS-BA).
Nesta quinta-feira
(16), a comissão que analisa a modernização das leis trabalhistas tem mais uma
audiência pública a partir das 9 horas, no plenário 1 da Câmara. Estão
convidados para participar do debate a ministra do Tribunal Superior do
Trabalho, Delaíde Alves Miranda Arantes; o presidente da Associação Nacional
dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Germano Silveira de
Siqueira; a juíza do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho/ 5ª Região Thais
Mendonça Aleluia da Costa; o presidente da Associação Nacional dos Procuradores
do Trabalho (ANPT), Angelo Fabiano; o professor da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Hélio Zylberstajn; o
diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Advogados
Trabalhistas (ABRAT), Nilton Correia; e o presidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Contraf),
Marcos Rochinski.
Nenhum comentário:
Postar um comentário