Vasilhas, baldes, garrafões e tambores de água marcam o lugar na fila. (Foto: Anderson Barbosa/G1) |
Santana do Matos tem
pouco mais de 13 mil habitantes, e entrou em colapso no abastecimento faz um
mês.
Segundo a Empresa de
Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), o estado deve ter chuvas
acima da média em 2018, mas nada suficiente para encher os grandes
reservatórios.
Atualmente, dos 167
municípios potiguares, 153 estão em situação de emergência por causa da seca.
Isso significa 92% do estado. A estiagem, que já dura seis anos, é considera a
mais severa da história. E os prejuízos, segundo o governo, já passam dos R$ 4
bilhões por causa da redução do rebanho e do plantio.
Santana do Matos
entrou em colapso no dia 23 de novembro, quando a Companhia de Águas e Esgotos
do RN (Caern) interrompeu o abastecimento e suspendeu a cobrança das contas.
Isso aconteceu porque o Açude Rio da Pedra, que tem capacidade para 12 milhões
de metros cúbicos de água, praticamente secou. O pouco de água que resta, não
presta para o consumo.
Sem o serviço da
Caern, coube à prefeitura assumir o papel de fornecedora. Quatorze caixas
d’água foram espalhadas pelos bairros. Chamadas de chafarizes, as caixas são
abastecidas diariamente por carros-pipa. Mas, como cada uma só tem capacidade
para 5 mil litros, é preciso chegar cedo às filas.
“Passo o dia todo
nessa luta, carregando água para cima e para baixo. Faço isso umas 10 vezes só
pela manhã”, reclamou o aposentado José Ferreira de Medeiros, de 76 anos. “Não
tem outro jeito, é no braço mesmo que eu levo. Pesa muito, mas eu vou
devagarzinho e vai dando certo. Fazer o que?”, conformou-se.
Aposentado, José Ferreira de Medeiros precisa fazer muito esforço para passar o dia inteiro levando baldes de água para casa (Foto: Anderson Barbosa/G1) |
CONTA CARA
Quem pagava uma conta
de R$ 40 ao mês à Caern para ter água nas torneiras, hoje paga aos carroceiros
R$ 30 por cada mil litros, água suficiente para quatro ou cinco dias no máximo.
SOLUÇÃO DE IMEDIATO
Existe um ponto de
captação de água na Adutora Barão de Serra Branca, cerca de 10 km da cidade. Há
um projeto em andamento de uma extensão dessa adutora até a zona urbana.
Enquanto isso não se resolve, a solução de imediato seria o transporte da água
em carros pipa de grande porte, abastecendo o sistema adutor da Caern na cidade
e voltando a oferendo água nas torneiras.
Com informações, G1RN
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