Passados os cinco
primeiros meses do Governo Fátima Bezerra (PT), os servidores da administração
direta do Rio Grande do Norte já avisaram à governadora que a paciência para
esperar os pagamentos e reajustes salariais acabou. Eles pedem 16,38% de
reajuste e um cronograma para a quitação dos débitos salariais do governo
estadual com os servidores.
A próxima reunião do
Sindicato dos Servidores da Administração Direta (SINSP-RN) com a governadora
está marcada para o dia 26 de junho e o recado já foi dado pela presidente do
sindicato, Janeayre Souto: “acabou a trégua”, disse a sindicalista, que cobra
uma efetivação de medidas por parte do governo, que já está no sexto mês de
gestão.
Caso o governo não
concorde com o reajuste de 16,38% para os servidores da administração direta do
RN, o sindicato já cogita uma paralisação como forma de pressionar, assim como
fez nesta segunda-feira (17) os policiais militares e bombeiros do RN.
“Nós estamos com a
expectativa que o governo tenha bom senso, tenha juízo e apresente uma
proposta, porque nós já estamos também pensando em um dia estadual de
paralisação dos servidores públicos, podendo até, daqui para o mês de agosto ou
setembro, construirmos a greve geral dos servidores públicos do nosso Estado”,
adianta Janeayre Souto.
“Nós queremos 16,38%,
do mesmo jeito que foi dado aos auditores e aos delegados. O reajuste do
abate-teto em 16,38%, do mesmo jeito que foi enviado, de punho, para a
Assembleia Legislativa o projeto de lei reajustando o [salário] dos
procuradores. Nós também queremos e aqui nós fazemos até um apelo ao Governo do
Estado: nós também somos filhos de Deus, somos trabalhadores e trabalhadoras,
merecemos também os 16,38%” completou a presidente do SINSP-RN.
Ainda segundo ela, no
próximo dia 1º de julho os servidores da administração direta do estado irão
completar 9 anos sem um centavo de reajuste, nem correção salarial pela
inflação do ano.
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