quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Pesquisadores do RN patenteiam biomassas produzidas a partir do caju e jerimum


Pesquisadores potiguares patentearam biomassas desenvolvidas a partir de rejeitos do caju e do jerimum a partir das quais poderão ser produzidos aditivos antioxidantes, alimentos com ação nutritiva, e ainda, novos fitomedicamentos. O trabalho é fruto de projetos desenvolvidos por estudantes do Curso de Nutrição e do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGB) da UnP, integrante da rede Laureate, que culminaram no depósito de três patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

Por meio da nanobiotecnologia, é feito o reaproveitamento desses alimentos. O interesse em desenvolver projetos nessa linha abrange um contingente nacional, pois mediante os resultados encontrados, são produzidas novas matérias da indústria alimentícia. Esses materiais podem ser comercializados e assim contribuir para um ambiente economicamente sustentável.

A partir das sementes e casca do jerimum, as então graduadas em Nutrição, Amélia Elislândia Gomes Guedes e Lígia Almeida e Albuquerque Melo, geraram a primeira produtividade de Propriedade Industrial (PI) do Curso da UnP. O trabalho, se desdobrou em uma nova pesquisa do PPGB-UnP com o bagaço do caju para produção de novos nanobioprodutos alimentícios. O trabalho de Graduação foi orientado pela Profa. Dra. Maria Aparecida Maciel e o Prof. Leonardo Araújo que se tornaram, respectivamente, orientadora e autor da pesquisa da Pós-Graduação.

Nesta parceria, encontra-se também a Profa. Dra. Heryka Ramalho que estuda biomassas nutricionais, com destaque à nível de graduação, para o Trabalho de Conclusão de Curso da então graduada Kalline Alves de Araújo.

Segundo a equipe de pesquisadores, rejeitos orgânicos precisam ser aproveitados, pois a medida que são descartados no ambiente sua decomposição podem agredir a natureza. Portanto, reutilizá-los, além de servir de nova fonte de nutrientes, vai preservar o meio ambiente.

A escolha do caju e jerimum também tem sua explicação: “ambos os frutos são regionais e possuem potencial nutricional. O cajueiro, por exemplo, tem uma grande produção de rejeito do bagaço do caju em função da venda de sucos, doces e castanha”, explica a Profa. Dra. Maria Aparecida M. Maciel, responsável pela orientação de pesquisas desenvolvidas com rejeitos orgânicos, na Pós-Graduação (PPGB-UnP), bem como a nível de Graduação.

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