Pesquisadores
potiguares patentearam biomassas desenvolvidas a partir de rejeitos do caju e
do jerimum a partir das quais poderão ser produzidos aditivos antioxidantes,
alimentos com ação nutritiva, e ainda, novos fitomedicamentos. O trabalho é
fruto de projetos desenvolvidos por estudantes do Curso de Nutrição e do
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGB) da UnP, integrante da rede
Laureate, que culminaram no depósito de três patentes junto ao Instituto
Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
Por meio da
nanobiotecnologia, é feito o reaproveitamento desses alimentos. O interesse em
desenvolver projetos nessa linha abrange um contingente nacional, pois mediante
os resultados encontrados, são produzidas novas matérias da indústria
alimentícia. Esses materiais podem ser comercializados e assim contribuir para
um ambiente economicamente sustentável.
A partir das sementes
e casca do jerimum, as então graduadas em Nutrição, Amélia Elislândia Gomes
Guedes e Lígia Almeida e Albuquerque Melo, geraram a primeira produtividade de
Propriedade Industrial (PI) do Curso da UnP. O trabalho, se desdobrou em uma
nova pesquisa do PPGB-UnP com o bagaço do caju para produção de novos
nanobioprodutos alimentícios. O trabalho de Graduação foi orientado pela Profa.
Dra. Maria Aparecida Maciel e o Prof. Leonardo Araújo que se tornaram, respectivamente,
orientadora e autor da pesquisa da Pós-Graduação.
Nesta parceria,
encontra-se também a Profa. Dra. Heryka Ramalho que estuda biomassas
nutricionais, com destaque à nível de graduação, para o Trabalho de Conclusão
de Curso da então graduada Kalline Alves de Araújo.
Segundo a equipe de
pesquisadores, rejeitos orgânicos precisam ser aproveitados, pois a medida que
são descartados no ambiente sua decomposição podem agredir a natureza.
Portanto, reutilizá-los, além de servir de nova fonte de nutrientes, vai
preservar o meio ambiente.
A escolha do caju e
jerimum também tem sua explicação: “ambos os frutos são regionais e possuem
potencial nutricional. O cajueiro, por exemplo, tem uma grande produção de
rejeito do bagaço do caju em função da venda de sucos, doces e castanha”,
explica a Profa. Dra. Maria Aparecida M. Maciel, responsável pela orientação de
pesquisas desenvolvidas com rejeitos orgânicos, na Pós-Graduação (PPGB-UnP),
bem como a nível de Graduação.
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