Foto: Mariana Di Pietro |
Na sessão de
homenagem “in memorian” ao centenário de Dom Nivaldo Monte (1918-2006), nesta
segunda-feira (16), no Senado, o senador José Agripino (RN) disse que o Rio
Grande do Norte deve muito ao arcebispo e o classificou como “uma figura
singular que tinha como meta de vida cuidar dos mais carentes”. Segundo o
parlamentar potiguar, Dom Nivaldo era, ao mesmo tempo, um conciliador e um
obstinado em suas atitudes.
“Dom Nivaldo foi um
conselheiro, um amigo, um crítico, mas, acima de tudo, um homem de respeito. Um
cidadão marcado por ser conciliador, muito afável no trato com as pessoas, mas
obstinado nas atitudes. Caridoso, de fé, à frente de seu tempo”, frisou
Agripino durante a sessão que reuniu familiares, amigos, lideranças locais,
além dos senadores Fátima Bezerra (PT) e Garibaldi Alves (PMDB).
Dom Nivaldo Monte foi
arcebispo de Natal entre 1967 e 1988 e ficou conhecido por seu trabalho social
dedicado à população carente do RN. Como padre, fundou a Escola de Serviço
Social, em 1945, primeira instituição de ensino superior em Natal, além de oito
centros sociais em bairros periféricos. “Ele sempre se preocupou com os mais
humildes. Na época da Escola, por exemplo, deu prioridade à formação de
assistentes sociais”, disse Agripino.
O religioso foi
nomeado administrador apostólico de Natal, em abril 1965, pelo Papa Paulo VI e
Arcebispo da mesma Arquidiocese, em setembro de 1967. Foi co-fundador da Rádio
Rural de Natal, 1958, e autor de vários livros. “Foi um homem das letras. Um
dos títulos que mais me comove é ‘O
Coração é Para Amar’. Isso resume a filosofia de vida dele: era puro, simples”,
frisou Agripino. “Foi um dos melhores amigos de meu pai, Tarcísio Maia. Aliás,
fez uma das homilias mais lindas que já vi na minha vida: de amigo para amigo”,
finalizou o senador.
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